quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Alemães nas Américas

Pretendo lembrar através deste blog, vários aspectos sobre as migrações de alemães às Américas, influências e contribuições em suas novas pátrias.

Servirá também como contexto, "moldura", a postagens sobre história de famílias, como é o caso de nossos próprios antepassados, Ruschel e Heberle.

Desde os descobrimentos das Américas houve a vinda de alemães, mas de forma avulsa. Por exemplo, integrando comitivas portuguesas, sempre com algum papel relevante.

Colonizações organizadas, surgiram nos Estados Unidos, já em 1683.

Germantown, em Filadélfia, na Pensilvânia, foi fundada por imigrantes alemães.

Treze famílias Quaker e Menonitas, que saíram de Krefeld em 1681.

Hoje, a data da fundação de Germantown, 06 de outubro de 1683, é relembrada como Dia Germânico-Americano, um feriado nos Estados Unidos, em 06 de outubro.

No censo de 2000 o maior grupo étnico nos Estados Unidos, são os que se dizem descendentes de alemães ou parcialmente de alemães, 15%. Isto é, em torno de um em cada seis americanos.

No Brasil seriam 5,51%.

As maiores concentrações, e ali os índices em relação à população são altos, ficam em Santa Catarina (35%) e Rio Grande do Sul (30%).
Em alguns municípios, chega a 90% da população.

Giralda Seyferth: "Os primeiros imigrantes alemães chegaram ao Brasil antes da independência, no contexto da abertura dos portos, constituindo um grupo de comerciantes com atividades de importação/exportação estabelecido no Rio de Janeiro e organizado socialmente através da Gesellschaft Germania, uma associação de natureza étnica fundada em 1821. Alguns alemães também integraram os três primeiros projetos de colonização autorizados pelo governo português na Bahia, dos quais apenas a colônia Leopoldina, fundada pelo naturalista Freyreiss em 1818, costuma figurar na historiografia da imigração.

No entanto, o fracasso dessas iniciativas e a pouca expressividade estatística - pouco mais de 200 imigrantes registrados antes de 1822 (Fouquet, 1974) - fizeram da fundação de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, em 1824, o marco inaugural da imigração alemã, desde então estreitamente associada ao povoamento e colonização da região sul. (grifo meu)

Entre 1824 e 1830 os registros, bastante díspares, indicam a entrada de menos de sete mil alemães destinados às áreas coloniais abertas no sul (uma delas na província de São Paulo) pelo governo imperial e aos batalhões de estrangeiros agregados ao exército brasileiro, criados para lutar contra os portugueses (nas províncias do norte) e na guerra cisplatina.
À exceção dos comerciantes estabelecidos no Rio de Janeiro, não houve imigração espontânea de alemães pois o governo imperial, interessado em promover o povoamento e colonização, sobretudo na região sul, subsidiou os colonos e pagou a agenciadores para trazê-los ao país. A imigração foi interrompida em 1830, com a promulgação de uma lei proibindo despesas com a colonização estrangeira, sendo retomada quase quinze anos depois com a fundação de colônias alemãs no sul, no Rio de Janeiro (Petrópolis) e nas terras altas do Espírito Santo."